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quinta-feira, 3 de novembro de 2011


Diretor do FMI é preso acusado de estupro. 






Strauss-Kahn, diretor-gerente do FMI (Getty Images)


Diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) e cotado para disputar a presidência da França, Dominique Strauss-Kahn foi detido neste sábado no aeroporto internacional John F. Kennedy, em Nova York, minutos antes de embarcar para Paris. O economista de 62 anos é acusado de abusar sexualmente de uma das camareiras do hotel onde estava hospedado, em Manhattan.
Conforme denúncia relatada pelo diário New York Post, ao meio-dia deste sábado uma camareira de 32 anos entrou no quarto de Strauss-Kahn sem saber de sua presença. Ele então teria saído do banheiro completamente nu e agarrado a funcionária para forçá-la a fazer sexo oral. A camareira escapou e denunciou o hóspede a um colega de trabalho, que chamou a polícia.
Logo depois, e antes que a polícia chegasse, o diretor do FMI deixou o hotel e rumou para o aeroporto. Conforme as impressões da polícia, Strauss-Kahn partiu do hotel com bastante pressa, deixando para trás um celular e diversos outros pertences. Segundo o jornal The New York Times, Strauss-Kahn foi retirado de dentro do avião da Air France, que já manobrava na pista, e levado a se explicar à polícia de Nova York, antes de ser formalizada a acusação. A camareira foi levada a um hospital para o exame das agressões.
Entre 1997 e 1999, Strauss-Kahn foi ministro da economia da França e, em 1º de novembro de 2007, assumiu a direção do FMI. Recentemente, tornou-se o nome mais forte para disputar o governo francês contra o atual presidente, Nicolas Sarkozy.
Este não é o primeiro escândalo que o diretor do Fundo protagoniza. Casado com a repórter de um telejornal, em 2008 veio a público um caso que Strauss-Kahn teve com uma de suas subordinadas, a húngara Piroska Nagy, alta funcionária do FMI na África. Na ocasião, Strauss-Kahn pediu desculpas à mulher, Anne Sinclair, e aos funcionários do FMI e obteve apoio para seguir no cargo. veja 5/2011


UMA NOVA FORMA DE PROTESTO

      Ativistas ucranianas estão em Paris: As feministas ucranianas, que usam a nudez como forma de protesto, estão em excursão pela Europa e na última segunda-feira elas fizeram uma manifestação em frente à residência de Dominique Strauss- Khan. Seminuas e com aventais de empregadas, as ativistas do grupo Femen condenaram a decisão da Justiça de Nova Iorque de arquivar o processo do ex presidente do FMI. 
A viagem começou na Suiça passou pela França e deve terminar na Itália com um protesto perto do Vaticano contra Berlusconi. 

CONCORDAR OU NÃO COM ESSA FORMA DE PROTESTO É UMA DECISÃO PESSOAL, AGORA QUE CHAMOU A ATENÇÃO DE TODO MUNDO ISSO NÃO PODEMOS NEGAR. VOCÊS CONCORDAM COM ESSE TIPO DE PROTESTO? E SE ESSA MODA PEGA NO BRASIL? 


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Os relatórios do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) são alarmantes e traçam um cenário para os próximos 100 anos cheio de dificuldades relacionadas às mudanças climáticas, causadas pelo efeito estufa e pelo aquecimento global.

A evidência mais óbvia do aquecimento global é que a temperatura média da atmosfera aumentou em 0,74ºC de 1906 a 2005 e poderá elevar-se em 6,4ºC até o final do século 21. Esse aumento provoca o derretimento do gelo nos pólos e nas altas montanhas. O relatório do IPCC indica que algumas áreas do globo já perderam áreas congeladas e que entre o ano de 2070 e 2100 todo o gelo do Pólo Norte estará derretido durante o verão. Se isso ocorrer, vários animais, como o urso polar, serão extintos.

Elevação dos oceanos

O derretimento do gelo provocará mudanças significativas nos oceanos, como redução da salinidade, aumento da acidez e sua elevação (de 1906 a 2005 o mar já subiu 30 cm, pelo menos, e até 2100 o nível médio dos oceanos vai subir mais 59 cm).

Acredita-se que o número de refugiados climáticos vai ser elevado, algumas ilhas do Pacífico serão inundadas e sua população terá de ser deslocada. Bangladesh (na Ásia) provavelmente apresentará uma das piores catástrofes da história da humanidade (por sua grande população, baixas altitudes e poucos recursos econômicos) e a Holanda (na Europa), que possui cerca de 35% do território abaixo do nível do mar, está se preparando e só em 2006 gastou entre dois e três bilhões de euros.

Foi observado aumento na temperatura das águas oceânicas a até 3 mil metros de profundidade, modificando as condições de vários ecossistemas marinhos, aumentando a umidade do ar e alterando a dinâmica da circulação atmosférica. Em alguns lugares as chuvas podem diminuir, como na Amazônia e no sertão nordestino, e em outros podem aumentar muito, como talvez ocorra nas regiões Centro-Oeste e Sul do Brasil.

Ocorrências extremas

Acredita-se que ocorrências extremas, como furacões e tornados fortes (do tipo F-5, o nível mais forte), tempestades, inundações, deslizamentos de solos em encostas, secas prolongadas, superaquecimento em algumas localidades e períodos (ondas de calor) etc., vão se tornar mais freqüentes.

Alterações de deslocamentos de ar na atmosfera, provocadas pelas mudanças de temperatura nos continentes e oceanos, podem mudar a distribuição das zonas de alta e baixa pressão atmosférica e causar a redução das chuvas. Alguns cientistas acreditam que isso ocorrerá na Amazônia brasileira e a floresta vai diminuir, cedendo lugar para o avanço do cerrado (processo chamado de savanização).

Os cientistas citam o furacão Katrina (nos EUA, em 2005), que matou cerca de 3.000 pessoas, e o furacão Catarina no Brasil (em 2004, o primeiro furacão conhecido no Atlântico Sul, fora da zona climática intertropical, onde normalmente os furacões se formam) como exemplos dessas alterações climáticas globais.

Mais doenças

Em 2003, o aquecimento anormal verificado na Europa provocou a morte de mais de 30 mil pessoas (quase todas idosas). Os europeus estão preparados para o frio intenso do inverno e não para o calor de 36ºC no verão, que foi gerado pelos ventos quentes vindos do deserto do Saara. As casas não eram adequadas para o calor intenso e aqueciam muito, atingindo temperaturas internas de até 70ºC e provocando desidratação acelerada, infarto, derrame, hipertensão etc. Durante a noite a temperatura não caía significativamente e o processo de desidratação continuava até o corpo não agüentar mais.

Algumas doenças podem proliferar nas próximas décadas, pois o aumento das chuvas e das temperaturas favorece os agentes e vetores de doenças infecciosas endêmicas, como febre amarela, dengue, malária, leishmanioses, diarréias infecciosas, cólera, leptospirose, hepatite A e outras. Os fatores climáticos podem acelerar os ciclos infecciosos e facilitar a dispersão espacial dos agentes microbianos e de seus transmissores.

As implicações do aquecimento global são inúmeras e a maioria dos governos e das populações não está preparada para enfrentá-las. Como cidadãos, podemos ajudar divulgando estas informações e nos organizando, além de exigir que os órgãos governamentais atuem para que os problemas que estão por vir sejam enfrentados da melhor maneira possível.
Luiz Carlos Parejo*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação