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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Divisão do Pará não deve reduzir desmate, avaliam pesquisadores.

A potencial divisão do Pará em três estados menores não deve trazer melhorias no campo ambiental - se não trouxer pioras -, avaliam especialistas ouvidos pelo Globo Natureza. Está marcado para 11 de dezembro o plebiscito em que os eleitores paraenses poderão opinar sobre a divisão do Pará, com a criação de dois novos estados, Carajás e Tapajós.
Se aprovados, Carajás e Tapajós herdariam importantes problemas ambientais. Ali estão alguns dos municípios com maior desmatamento na Amazônia Legal, como Altamira, Pacajá, Novo Progresso, Novo Repartimento e São Félix do Xingu, todos integrantes da lista prioritária para o combate à devastação montada pelo Ministério do Meio Ambiente.
Um dos argumentos para a cisão do Pará é que as regiões do interior não são bem atendidas pelo governo estadual, já que o estado é muito grande. Osvaldo Stella, coordenador do programa de mudanças climáticas do Instituto de Pesquisas Ambientais da Amazônia (Ipam), concorda que falta presença do Estado no interior, mas ressalta que a maior parte das ações de “comando e controle” (fiscalização ambiental) em áreas que pertenceriam a Tapajós ou Carajás são executadas pelo governo federal.
Desmatamento de 12 km² foi aberto rapidamente. (Foto: Divulgação/Ibama)Desmatamento ilegal de 12 km²  descoberto em junho deste ano em Altamira, que ficará no estado do Tapajós se a divisão do Pará for levada a cabo. (Foto: Divulgação/Ibama)
Por isso, a criação dos novos estados não implicaria necessariamente numa maior atenção das autoridades locais para as derrubadas ilegais. “O risco que corremos é replicar um modelo deficiente. E só multiplicar o que temos agora”, aponta.
Adalberto Veríssimo, pesquisador-sênior do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), considera que os grupos políticos que impulsionam as campanhas para desmembramento de Carajás e Tapajós tendem a favorecer o desmatamento em nome da geração de rend
“A tendência é piorar, se ocorrer a divisão. Carajás já tem desmatamento muito expressivo, vai concentrar a violência e o desmatamento. O cenário é cinzento”, avalia. “Tapajós tem focos de desmatamento, como Novo Progresso e a região da Terra do Meio, mas ainda é uma área com muita floresta. Suas lideranças também tendem a favorecer as agendas pró-desmatamento”.
Veríssimo explica que o estabelecimento dos novos estados cria apenas mais despesas, e não novas receitas. Seu temor é que, como já vem acontecendo historicamente na Amazônia, se busque no desmatamento a fonte de recursos para sustentar as novas estruturas estaduais.
É o modelo chamado de “boom-colapso”: derruba-se a floresta, gerando renda para poucos proprietários de terra e, uma vez devastada a floresta, não há uma alternativa econômica verdadeiramente sustentável para a população.
Stella nota que por trás desse modelo há um paradigma falso de que é necessário desmatar para expandir a agricultura: “Isso não é verdade. O desmatamento é uma forma de apropriação do território. Derrubar, vender madeira e fazer pasto de baixa produtividade é um desastre para o país, economicamente”.
Na opinião de Veríssimo, apenas na parte remanescente do estado do Pará a situação seria melhor, já que ali o governo demonstrou ser de uma linha contrária à devastação. “A liderança política de Belém é onde há maior esforço e consciência contra o desmatamento (dentro do Pará atual”, diz.
Divisão do Pará (Foto: Editoria de Arte/G1)

domingo, 13 de novembro de 2011

DIA EM QUE A ROCINHA FOI OCUPADA !

 MAIS UM CAPÍTULO DA NOVELA VIOLÊNCIA URBANA. ATÉ QUANDO A REPRESSÃO VAI SER UMA DAS MANEIRAS MAIS TRÁGICAS DE SE COMBATER A VIOLÊNCIA...




PARA MUITOS ESPECIALISTAS EM SEGURANÇA PÚBLICA A REPRESSÃO POR PARTE DO PODER PÚBLICO NÃO É UMA MANEIRA EFICAZ DE REDUZIR A VIOLÊNCIA URBANA.






UM CENÁRIO DE GUERRA...


A sociedade brasileira já faz parte das sociedades mais violentas do mundo. Hoje, o país tem altíssimos índices de violência urbana, domes­tica, familiar e violência contra a mulher, que, em geral, é praticada pelo marido, namorado, ex-companheiro, etc...
A questão que precisamos descobrir é porque esses índices aumen­taram tanto nos últimos anos. Onde estaria a raiz do problema?...


merecemos um país melhor


No Brasil, a principal “ação errada”, que antecede a violência é o desrespeito. O desrespeito é conseqüente das injustiças e afronta­mentos, sejam sociais, sejam econômicos, sejam de relacionamentos conjugais, etc. A irreverência e o excesso de liberdades (libertinagens, estimuladas principalmente pela TV), também produzem desrespeito. E, o desres­peito, produz desejos de vingança que se transformam em violências.
Nas grandes metrópoles, onde as injustiças e os afrontamentos são muito comuns, os desejos de vingança se materializam sob a forma de roubos e assaltos ou sob a forma de agressões e homicídios. Já a irreverência e a libertinagem, estimulam o comportamento indevido (comportamento vulgar), o que também caracteriza desrespeito e produz fortes violências. 


 O TRÁFICO DE DROGAS É NA REALIDADE A PRINCIPAL CAUSA DE CONFLITOS!
    A primeira questão que o governo precisa descobrir, para obter sucesso no combate ao uso e ao tráfico de drogas, é saber quem é causa e quem é conseqüência.
A questão principal é: usa-se drogas porque elas estão à venda?...  Ou vende-se drogas porque existe a procura?...  Se o governo descobrir, e concentrar os esforços diretamente sobre as causas, as conseqüências também cessarão.

INVASÃO A CASA DE UM TRAFICANTE.

Cidadãos sob fogo cruzado, a maioria dos moradores não são envolvidos com o tráfico de drogas, são vítimas de uma situação social excludente e muitas vezes forçados a cooperar com os grandes traficantes... 





Seria mesmo necessário um ação como a que ocorreu na Rocinha?
Porque tantos anos de esquecimento e só agora tentam implantar uma UPP?
Qual a verdadeira necessidade dos cidadãos moradores de favelas no Brasil?
   



ASSISTAM O VÍDEO E COMENTEM....



sexta-feira, 11 de novembro de 2011

MAPEAMENTO DA EXTINÇÃO NA ERA DO GELO

Estudo faz o mais completo mapeamento da extinção na Era do Gelo
REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR DE CIÊNCIA E SAÚDE
A mensagem do estudo mais completo já feito sobre o sumiço da megafauna, conjunto de grandes mamíferos da Era do Gelo, é que essa extinção em massa não foi tão "em massa" quanto parece.
 As causas do desaparecimento variam de espécie para espécie e envolvem mudanças climáticas, o interesse de caçadores humanos na carne dos bichos e, no caso mais famoso, o dos mamutes, fatores ainda incertos.

É o que conclui a equipe liderada por Eske Willerslev, da Universidade de Copenhague, em artigo na revista "Nature", após analisar dados de seis espécies: rinocerontes-lanosos, mamutes-lanosos, cavalos-selvagens, renas, bisões-das-estepes e bois-almiscarados.
Entre esses bichos, renas e bois-almiscarados ainda estão por aí, mas com sua distribuição geográfica drasticamente reduzida --na Era do Gelo, havia renas até na França. Europa e Ásia tinham bois-almiscarados, hoje reduzidos ao Ártico americano.
Willerslev e companhia são especialistas em DNA antigo --dominam técnicas de extração e análise de material genético a partir de ossos com milhares de anos. A equipe analisou mais de 800 amostras de DNA dos bichos e as datou com precisão.
Os cientistas montaram uma espécie de filme sobre como variou a genética das populações da megafauna ao longo de milhares de anos --de 40 mil anos até 10 mil anos antes do presente.
Os dados genéticos permitem acompanhar o comportamento da população de animais ao longo dos séculos.
O retrato traçado pela pesquisa envolve mais duas fontes. A primeira é o mapa dos habitats de cada espécie ao longo dos milênios, levando em conta variações do clima e da vegetação (as espécies eram herbívoras). Com isso, dá para saber se o habitat de um animal encolheu tanto que poderia ter levado o coitado à extinção.
A segunda fonte é a presença de caçadores humanos, denotada por sítios arqueológicos que coexistiram com a megafauna. Com isso em mãos, vieram algumas surpresas. Nos 10 mil anos após o primeiro contato com humanos, as populações de rinocerontes e mamutes cresceram, o que derruba a hipótese da caça intensa. Já os bois-almiscarados quase não eram caçados.
Há indícios claros de contribuição humana para a extinção apenas de renas, bisões e cavalos. Mesmo assim, a mudança climática também seria importante. O trabalho não aborda a extinção na América do Sul. O Brasil tinha cavalos selvagens, lhamas, mastodontes e preguiças-gigantes.


Novos estudos reforçam consenso de que Terra está mais quente
REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR DE CIÊNCIA E SAÚDE

  Duas pesquisas recentes reafirmam o consenso científico em torno da realidade do aquecimento global, embora também mostrem as incertezas do fenômeno.
A primeira, coordenada pelo físico Richard Muller, da Universidade da Califórnia em Berkeley, foi divulgado numa conferência nos EUA e aguarda para ser publicado. 






Mas já ganhou relevância porque, até o mês passado, Muller era um cético do clima. Para ele, os dados usados para mostrar que o planeta está aquecendo não eram confiáveis.
Decidido a colocar o consenso climático à prova, Muller organizou um estudo, o Best (sigla inglesa de "projeto Berkeley sobre a Temperatura da Superfície Terrestre").
A pesquisa recebeu parte de seu financiamento da fundação Charles Koch, ligada à indústria do petróleo e responsável por bancar outros céticos climáticos e políticos conservadores nos EUA.
Em artigo no "Wall Street Journal", um dos poucos grandes jornais em que a comunidade de céticos climáticos ainda tem voz, Muller explica o porquê de suas dúvidas iniciais sobre o aquecimento global: dados porcos.
O xis do problema são as estações meteorológicas, principais responsáveis por recolher dados de temperatura e criar uma série histórica capaz de dizer se, afinal, o planeta está mais quente.
Seguindo os dados obtidos por essas estações, o IPCC, painel do clima da ONU, estima que a temperatura média da Terra subiu 0,64 grau Celsius nos últimos 50 anos.
Só que há um problema, escreve Muller: 70% dessas estações nos EUA possuem uma margem de erro superior a essa variação.
Além disso, grande parte das medições de temperatura é feita em áreas urbanas, que ficaram mais quentes com asfalto, calçadas e concentração de prédios.
Muller explica que a equipe do estudo Best usou uma série de controles experimentais para contornar esses vieses. Primeiro, eles usaram uma massa maior de registros do que as pesquisas tradicionais sobre o tema.
Resultado: de quase 40 mil estações medidoras de temperatura mundo afora, dois terços mostraram sinais de aquecimento.
Além disso, eles trabalharam com dados de satélite para levantar as tendências de temperatura apenas nas estações de medição em áreas rurais, e não houve diferença em relação às mais urbanas.
E a magnitude do aquecimento é comparável tanto nas estações de boa qualidade quanto nas que trazem dados mais incertos.
"Embora as estações de baixa qualidade tragam temperaturas incorretas, elas ainda assim seguem as mudanças de temperatura", afirma. 



INCERTEZAS
Muller e colegas, porém, não investigaram as causas do aquecimento nem o que acontecerá daqui para a frente. Nesse último ponto, uma pesquisa publicada recentemente na revista científica "Journal of Geophysical Research" mostra que os cientistas ainda terão muito trabalho pela frente.
Julia Crook e Piers Forster, da Universidade de Leeds (Reino Unido), fizeram uma análise detalhada dos modelos climáticos, as simulações por computador que servem para prever o futuro do clima.
O jeito tradicional de verificar se esses modelos são úteis é tentar ver se eles reproduzem o que ocorreu com o clima no século 20.
Eles conseguem isso, dizem os pesquisadores, mas de um jeito que não depende da força dos feedbacks positivos do clima, ou seja, da maneira como mudanças atuais amplificam o aquecimento futuro. Por exemplo: derreter gelo no Ártico torna a região mais escura. Com isso, ela absorve mais luz solar e esquenta ainda mais.
Por causa disso, é provável que nenhum modelo atual seja capaz de capturar como será o clima do futuro.


segunda-feira, 7 de novembro de 2011




VIOLÊNCIA  URBANA  NO  BRASIL

       Na manhã deste domingo o Brasil assistiu mais um capítulo da violência urbana que assola o Rio de Janeiro, esse fato ganhou destaque após um cinegrafista da Tv Bandeirante ser atingido por um tiro de fuzil enquanto filmava toda a ação policial, esse na realidade é um reflexo da guerra urbana brasileira, onde o tráfico de drogas e a falta de ações concretas por parte do poder público revelam um país que ainda está longe de combater o crime organizado. Aproveitando o assunto em questão postei um breve comentário e incluí o vídeo original momentos entes do jornalista ser atingido. Expresso aqui minha indignação e repúdio pela onda de impunidade que reina em nossa sociedade!  


                                                                                                               
 



Segundo o Dicionário Houaiss, violência é a “ação ou efeito de violentar, de empregar força física (contra alguém ou algo) ou intimidação moral contra (alguém); ato violento, crueldade, força”. No aspecto jurídico, o mesmo dicionário define o termo como o “constrangimento físico ou moral exercido sobre alguém, para obrigá-lo a submeter-se à vontade de outrem; coação”.

Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) define violência como “a imposição de um grau significativo de dor e sofrimento evitáveis”. Mas os especialistas afirmam que o conceito é muito mais amplo e ambíguo do que essa mera constatação de que a violência é a imposição de dor, a agressão cometida por uma pessoa contra outra; mesmo porque a dor é um conceito muito difícil de ser definido.

Para todos os efeitos, guerra, fome, tortura, assassinato, preconceito, a violência se manifesta de várias maneiras. Na comunidade internacional de direitos humanos, a violência é compreendida como todas as violações dos direitos civis (vida, propriedade, liberdade de ir e vir, de consciência e de culto); políticos (direito a votar e a ser votado, ter participação política); sociais (habitação, saúde, educação, segurança); econômicos (emprego e salário) e culturais (direito de manter e manifestar sua própria cultura). As formas de violência, tipificadas como violação da lei penal, como assassinato, seqüestros, roubos e outros tipos de crime contra a pessoa ou contra o patrimônio, formam um conjunto que se convencionou chamar de violência urbana, porque se manifesta principalmente no espaço das grandes cidades. Não é possível deixar de lado, no entanto, as diferentes formas de violência existentes no campo.
A violência urbana, no entanto, não compreende apenas os crimes, mas todo o efeito que provocam sobre as pessoas e as regras de convívio na cidade. A violência urbana interfere no tecido social, prejudica a qualidade das relações sociais, corrói a qualidade de vida das pessoas. Assim, os crimes estão relacionados com as contravenções e com as incivilidades. Gangues urbanas, pixações, depredação do espaço público, o trânsito caótico, as praças malcuidadas, sujeira em período eleitoral compõem o quadro da perda da qualidade de vida. Certamente, o tráfico de drogas, talvez a ramificação mais visível do crime organizado, acentua esse quadro, sobretudo nas grandes e problemáticas periferias.
Hoje, no Brasil, a violência, que antes estava presente nas grandes cidades, espalha-se para cidades menores, à medida que o crime organizado procura novos espaços. Além das dificuldades das instituições de segurança pública em conter o processo de interiorização da violência, a degradação urbana contribui decisivamente para ele, já que a pobreza, a desigualdade social, o baixo acesso popular à justiça não são mais problemas exclusivos das grandes metrópoles. Na última década, a violência tem estado presente em nosso dia-a-dia, no noticiário e em conversas com amigos. Todos conhecem alguém que sofreu algum tipo de violência. 
Há diferenças na visão das causas e de como superá-las, mas a maioria dos especialistas no assunto afirma que a violência urbana é algo evitável, desde que políticas de segurança pública e social sejam colocadas em ação. É preciso atuar de maneira eficaz tanto em suas causas primárias quanto em seus efeitos. É preciso aliar políticas sociais que reduzam a vulnerabilidade dos moradores das periferias, sobretudo dos jovens, à repressão ao crime organizado. Uma tarefa que não é só do Poder Público, mas de toda a sociedade civil.                               Ivandro Oliveira







quinta-feira, 3 de novembro de 2011


Diretor do FMI é preso acusado de estupro. 






Strauss-Kahn, diretor-gerente do FMI (Getty Images)


Diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) e cotado para disputar a presidência da França, Dominique Strauss-Kahn foi detido neste sábado no aeroporto internacional John F. Kennedy, em Nova York, minutos antes de embarcar para Paris. O economista de 62 anos é acusado de abusar sexualmente de uma das camareiras do hotel onde estava hospedado, em Manhattan.
Conforme denúncia relatada pelo diário New York Post, ao meio-dia deste sábado uma camareira de 32 anos entrou no quarto de Strauss-Kahn sem saber de sua presença. Ele então teria saído do banheiro completamente nu e agarrado a funcionária para forçá-la a fazer sexo oral. A camareira escapou e denunciou o hóspede a um colega de trabalho, que chamou a polícia.
Logo depois, e antes que a polícia chegasse, o diretor do FMI deixou o hotel e rumou para o aeroporto. Conforme as impressões da polícia, Strauss-Kahn partiu do hotel com bastante pressa, deixando para trás um celular e diversos outros pertences. Segundo o jornal The New York Times, Strauss-Kahn foi retirado de dentro do avião da Air France, que já manobrava na pista, e levado a se explicar à polícia de Nova York, antes de ser formalizada a acusação. A camareira foi levada a um hospital para o exame das agressões.
Entre 1997 e 1999, Strauss-Kahn foi ministro da economia da França e, em 1º de novembro de 2007, assumiu a direção do FMI. Recentemente, tornou-se o nome mais forte para disputar o governo francês contra o atual presidente, Nicolas Sarkozy.
Este não é o primeiro escândalo que o diretor do Fundo protagoniza. Casado com a repórter de um telejornal, em 2008 veio a público um caso que Strauss-Kahn teve com uma de suas subordinadas, a húngara Piroska Nagy, alta funcionária do FMI na África. Na ocasião, Strauss-Kahn pediu desculpas à mulher, Anne Sinclair, e aos funcionários do FMI e obteve apoio para seguir no cargo. veja 5/2011


UMA NOVA FORMA DE PROTESTO

      Ativistas ucranianas estão em Paris: As feministas ucranianas, que usam a nudez como forma de protesto, estão em excursão pela Europa e na última segunda-feira elas fizeram uma manifestação em frente à residência de Dominique Strauss- Khan. Seminuas e com aventais de empregadas, as ativistas do grupo Femen condenaram a decisão da Justiça de Nova Iorque de arquivar o processo do ex presidente do FMI. 
A viagem começou na Suiça passou pela França e deve terminar na Itália com um protesto perto do Vaticano contra Berlusconi. 

CONCORDAR OU NÃO COM ESSA FORMA DE PROTESTO É UMA DECISÃO PESSOAL, AGORA QUE CHAMOU A ATENÇÃO DE TODO MUNDO ISSO NÃO PODEMOS NEGAR. VOCÊS CONCORDAM COM ESSE TIPO DE PROTESTO? E SE ESSA MODA PEGA NO BRASIL? 


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Os relatórios do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) são alarmantes e traçam um cenário para os próximos 100 anos cheio de dificuldades relacionadas às mudanças climáticas, causadas pelo efeito estufa e pelo aquecimento global.

A evidência mais óbvia do aquecimento global é que a temperatura média da atmosfera aumentou em 0,74ºC de 1906 a 2005 e poderá elevar-se em 6,4ºC até o final do século 21. Esse aumento provoca o derretimento do gelo nos pólos e nas altas montanhas. O relatório do IPCC indica que algumas áreas do globo já perderam áreas congeladas e que entre o ano de 2070 e 2100 todo o gelo do Pólo Norte estará derretido durante o verão. Se isso ocorrer, vários animais, como o urso polar, serão extintos.

Elevação dos oceanos

O derretimento do gelo provocará mudanças significativas nos oceanos, como redução da salinidade, aumento da acidez e sua elevação (de 1906 a 2005 o mar já subiu 30 cm, pelo menos, e até 2100 o nível médio dos oceanos vai subir mais 59 cm).

Acredita-se que o número de refugiados climáticos vai ser elevado, algumas ilhas do Pacífico serão inundadas e sua população terá de ser deslocada. Bangladesh (na Ásia) provavelmente apresentará uma das piores catástrofes da história da humanidade (por sua grande população, baixas altitudes e poucos recursos econômicos) e a Holanda (na Europa), que possui cerca de 35% do território abaixo do nível do mar, está se preparando e só em 2006 gastou entre dois e três bilhões de euros.

Foi observado aumento na temperatura das águas oceânicas a até 3 mil metros de profundidade, modificando as condições de vários ecossistemas marinhos, aumentando a umidade do ar e alterando a dinâmica da circulação atmosférica. Em alguns lugares as chuvas podem diminuir, como na Amazônia e no sertão nordestino, e em outros podem aumentar muito, como talvez ocorra nas regiões Centro-Oeste e Sul do Brasil.

Ocorrências extremas

Acredita-se que ocorrências extremas, como furacões e tornados fortes (do tipo F-5, o nível mais forte), tempestades, inundações, deslizamentos de solos em encostas, secas prolongadas, superaquecimento em algumas localidades e períodos (ondas de calor) etc., vão se tornar mais freqüentes.

Alterações de deslocamentos de ar na atmosfera, provocadas pelas mudanças de temperatura nos continentes e oceanos, podem mudar a distribuição das zonas de alta e baixa pressão atmosférica e causar a redução das chuvas. Alguns cientistas acreditam que isso ocorrerá na Amazônia brasileira e a floresta vai diminuir, cedendo lugar para o avanço do cerrado (processo chamado de savanização).

Os cientistas citam o furacão Katrina (nos EUA, em 2005), que matou cerca de 3.000 pessoas, e o furacão Catarina no Brasil (em 2004, o primeiro furacão conhecido no Atlântico Sul, fora da zona climática intertropical, onde normalmente os furacões se formam) como exemplos dessas alterações climáticas globais.

Mais doenças

Em 2003, o aquecimento anormal verificado na Europa provocou a morte de mais de 30 mil pessoas (quase todas idosas). Os europeus estão preparados para o frio intenso do inverno e não para o calor de 36ºC no verão, que foi gerado pelos ventos quentes vindos do deserto do Saara. As casas não eram adequadas para o calor intenso e aqueciam muito, atingindo temperaturas internas de até 70ºC e provocando desidratação acelerada, infarto, derrame, hipertensão etc. Durante a noite a temperatura não caía significativamente e o processo de desidratação continuava até o corpo não agüentar mais.

Algumas doenças podem proliferar nas próximas décadas, pois o aumento das chuvas e das temperaturas favorece os agentes e vetores de doenças infecciosas endêmicas, como febre amarela, dengue, malária, leishmanioses, diarréias infecciosas, cólera, leptospirose, hepatite A e outras. Os fatores climáticos podem acelerar os ciclos infecciosos e facilitar a dispersão espacial dos agentes microbianos e de seus transmissores.

As implicações do aquecimento global são inúmeras e a maioria dos governos e das populações não está preparada para enfrentá-las. Como cidadãos, podemos ajudar divulgando estas informações e nos organizando, além de exigir que os órgãos governamentais atuem para que os problemas que estão por vir sejam enfrentados da melhor maneira possível.
Luiz Carlos Parejo*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação